Aldeia Maracanã de Hamburgo será recomprada pelo Senado.


A Aldeia Maracanã de Hamburgo será comprada de volta pela Senado de Hamburgo que é o governo da cidade.
Quem vive nas grandes cidades brasileiras, principalmente nas zonas ou bairros que estão enobrecendo, pode entender muito bem o que está acontecendo em Hamburgo no momento.
Milhares de manifestantes, polícia, gás lacrimogênio, porrada, prisões de jornalistas e manifestantes pode-se ver nas redes sociais de todo mundo através do youtube.

Florária Vermelha-Rote Flora

Florária Vermelha-Rote Flora

O que todos achavam muito difícil está cada vez mais fácil de entender que é o alemão ea filosofia da globalização…
O “enobrecimento” das cidades ou na sua origem inglesa gentrificação, de Gentleman, também acontece na Alemanha e lá eles também protestam contra as expulsões e remoções da pessoas e culturas populares locais.
A Rote Flora, ou Florária Vermelha é a Aldeia Maracanã dos tratados como índios de lá. É o prédio da resistência cultural da cidade da gentrifugação expulsória, que como a atual aqui no Rio de Janeiro começou nos anos 70.

Nos anos 80 os sem-teto de Hamburgo ocuparam as casas vazias reservadas pela especulação imobiliária. Em 1989 A Rote Flora foi reconhecida pela prefeitura como Casa Ocupada, e se transformou em um dos maiores centros culturais de resistência da cidade de Hamburgo.
A área da Florária Vermelha, que era do estado, foi vendida a um investidor que prometeu renová-la e preservar a s atividades culturais lá existentes. Promessas ao vento, pois os investimentos na renovação não vieram e proprietário a  vendeu para especuladores imobiliários da Bavária.

A guerra recomeçou e a região foi declarada pela polícia como zona de perigo ou proibida, que permite à polícia parar, revistar e prender qualquer pessoa considerada suspeita que circule pelos bairro de Shanze e San Pauli, os focos dos “vândalos” de lá. Claro que com isto a polícia aproveitou para parar negros e turcos jovens e como no Rio enfiar a porrada.Rote Flora porrada
Gentrifugação ou enobrecimento das cidades é um fenômemo global e a solidariedade também, até por que a firmas internacionais que renovaram o porto de Hamburgo, são as mesmas que investem no Rio de Janeiro. Até a Fan Fest é coisa inventada por alemão de Hamburgo que pegou de graça o know-how de nós brasileiros que vivíamos por lá e começamos a assistir com a maior barulhada aos jogos nos botecos portugueses. Em 2006 pelo menos a polícia de Hamburgo foi mais esperta que os neocoloizados lacaios da Fifa daqui do Brasil e liberaram geral. Foi um sucesso, pois os canas da delegacia perto do Quilombo Brasil, sede da Rádio Mamaterra, vinham todos assistir aos jogos no boteco do Antônio, que sempre que meu amigo Ras Adauto vem de Berlim, toma uma bagaceira original, como era antigamente nos botecos do Curral de Vaca.
Em resumo quando falo de Hamburgo daqui de Niterói, não sei mais onde é a minha casa e qual é a minha cidade. Quando atravesso a ponte penso estar no Porto de Hamburgo.

rodando na Grossbergstrasse

rodando na Grossbergstrasse em Hamburgo 2006

A Fifa é a ponta do iceberg, mas o buraco é muito mais embaixo. A gentrificação,o enobrecimento da grandes zonas nas megalópolis mundiais, é um planejado sistema de estabelecimento de cordões sanitários, por onde circularão de Londres à Paris passando por Togo, Rio de Janeiro e Bahia os abastados do mundo e verão as mesmas griffes e os mesmos shoppings. Para as populações locais que antes lá viviam, restarão os ônibus BVT que os transportarão em determinados horários para os centros reservados aos ricos, e lá poderão trabalhar como serviçais ou artistas de shows exóticos.aldeia-maracanã-zéweb

Apesar dos distúrbios brancos. Povos Indígenas sabem o que querem da Aldeia Maracanã.


por marcos romão

Cacique Aniceto

Cacique Aniceto

Meninos eu vi. Foi um dos encontros mais emocionantes de minha vida. Estar junto no hotel Novo Mundo por algumas horas, com tantas lideranças indígenas do país, que viajaram dias e horas, para representando mais uma centena de povos, dizerem ao Governo do Rio de Janeiro o que querem fazer com o Antigo Museu do Índio, a Aldeia Maracanã.

Marcos Terena veio de Brasília, o cacique Aniceto Xavante, reconhecido como uma das grandes lideranças indígenas mundiais, participou com suas sábias palavras para ajudar na construção do que virá a ser a futura Base Indígena nas terras do Rio de Janeiro, uma capital internacional e ainda por cima me ensinou depois de sessenta anos de idade que “Niterói” em sua língua significa -MINHA TERRA-  pois como os portugueses não entendiam os indígenas, “Iterô”* , MINHA TERRA, virou Niterói.

O neto de Raoni, viajou dois dias para trazer gravada a mensagem de seu avô, congraçando os povos indígenas a aproveitarem a oportunidade de retomarem o antigo Museu do Índio e transformá-lo na embaixada de todos os povos indígenas do Brasil, assim como várias lideranças vieram de todo o Brasil,  trazendo assinaturas que representam em seu conjunto quase 90 povos indígenas brasileiros, e estão abertos a que venham mais, assim que tomarem conhecimento da retomada da Aldeia Maracanã.

Segundo as palavras de uma liderança, eles vieram para acabar com os cassetetes e gás de pimenta contra seu povo representado no Rio de Janeiro.

Já eram 3 horas da tarde e os trabalhos finais  já estavam sendo encaminhados e elaborada uma minuta final, que depois seria encaminhada aos povos indígenas do país para a sua aprovação final, quando os presentes foram surpreendidos pela entrada agressiva de um grupo com uns 20 brancos pintados de índios que os acusavam de traidores e vendidos, que tumultuou com os trabalhos.

Foram 10 minutos de tensão naquela pequena sala de conferências do hotel, em que homens indígenas de mais de 70 anos de idade e mulheres indígenas mães e avós foram objetos de todo tipo de impropérios. O que mais temi foi a possibilidade de uma reação por parte dos 15 a 20 guerreiros jovens, o que poderia transformar aquele encontro histórico para o Brasil em uma catástrofe.

Mas mesmo sendo um homem negro de 60 anos, não passo de uma pessoa com o pensamento branco e que não entendo nada de indígenas. A reação daqueles homens e mulheres que estão nesta terra deles antes de pensarmos que havia este mundo, foi uma lição que carregarei para o resto da vida.

As palavras do Cacique Aniceto resumiram bem o que aprendia. Eles sabiam para o que vieram. Vieram para negociar a retomada do que é deles. Esta certeza da razão era a força que eles utilizavam.

Álvaro Tucano acalmou parte da platéia de brancos, que lá chegou os xingando de traidores e de vendidos, dizendo que ele já conhece de muito tempo as guerras dos brancos e,  que está no Rio para com a união de seus povos  trazer um exemplo e paz para uma cidade confusa.

O Xavante Pirakumam (Peixe Grande) disse em forte palavras para a toda a sociedade brasileira: “Que ele veio representando 16 povos do Xingu para ajudar a acabar com esta guerra. Que no Xingu não tem televisão, mas que quando ele vai na cidade ele vê a policia batendo nas pessoas indígenas e jogando pimenta. Por isso ele e todas as lideranças indígenas vieram, pois querem acabar com este sofrimento e brigas entre o povo desta cidade e os índios.

O Xavante Pirakumam disse que veio ajudar seus parentes indígenas, mas que veio também ajudar aos brancos a se entenderem. Todos estes acontecimentos foram para mim, bonito e brabo.

A calma e espírito de paz das lideranças indígenas ofuscava a incompreensão e arrogância de alguns brancos, que queriam lhes dar lições sobre como enfrentar uma sociedade que os aniquila há 513 anos.

Purikamam afirmou: O Museu do Índio não foi demolido, pois nele estão os espíritos de nossos ancestrais.”

Aniceto Xavante, umas das maiores lideranças vivas dos povos indígenas do Brasil, disse: “Eu rodo o país para ajudar meus parentes, que tem problemas com os governo municipais, estaduais e federal e o donos de terra. Não vim aqui para perder tempo. Vim para ajudar todos os Povos Indígenas a terem um lugar que possamos dizer que é nosso e que possamos desenvolver nossos projetos para a união indígena. Contamos com a ajuda de todos.”

Peço a todos que virem este vídeo, que reflitam sobre as relações entre povos e pessoas humanas que temos vivido no Brasil atualmente.

Pois os que criticavam os povos indígenas,  foram acolhidos e  ouvidos as e chamados a contribuir…
foi a maior lição de humildade sabedoria e força que já vi!!! ou vivi!!!

*Iterô foi o som que escutei

Museu do Índio volta para os Indígenas. Vamos preparar o cachimbo, mas não vamos acender agora, afirma Carlos Tukano.


por marcos romão e aldeia maracanã no facebook

EXTRA EXTRA
Depois de tres meses da desocupação violenta da Aldeia Maracanã no antigo Museu do Índio, foi a primeira vez que ao falar com o Cacique Carlos Tukano, o vi sorrir e confiante.

Me disse: “Sabe, Romão, toda aquela violência nos chocou muito. As crianças, as mulheres, nenhum de nós, estava preparado para viver uma situação daquelas. Bombas de gás lacrimogêneo, crianças chorando, nós e as mulhere gritando e zanzando sem saber prá onde correr.  Até hoje espirro quando sinto cheiro de pimenta, fiquei algumas semanas com pigarro. O Rio de Janeiro e o Brasil não podem se esquecer que nós fomos as primeiras vítimas da Copa”, continuou Tukano, com uma alegria de momento que deixava transparecer o trauma recente, que ele os representantes dos Povos Indígenas que lá viveram nos útimos 8 anos, sofreram.

” Mas nunca perdemos as esperanças e toda a solidariedade que recebemos dos “carioca” nos ajudou muito. Viemos para Curupaiti, com o coração apertado, mas de cabeças erqguidas, não nos entregamos. Só não tivemos força para enfrentar tamanho poderio que jogaram contra a gente”. ” E as difamações?” Prosseguiu o Cacique, “disseram que éramos maconheiros, que éramos medingos e uns garotos de fora que disseram que tinham vindo ajudar, não compreenderam a gente e falaram até que não éramos índios traidores, porque não enfrentamos a polícia. Que que a gente podia fazer?”

Quando lhe perguntei porque acha que agora as coisas mudaram, Carlos Tucano com seu sorriso de sábio que já viveu muitas batalhas pelos direito de seu povo, respondeu :” Acho que foi o vento das ruas pelo Brasil afora.”

“Olha, desde o primeiro momento que chegamos lá no Museu, nós dissemos que queríamos um ponto de referência, para os povos indígenas do Brasil aqui no Rio de Janeiro, um lugar em que tivéssemso independência para reativar e divulgar nossa cultura. O museu é o lugar ideal, sempre foi da gente, das nossas culturas, acho que agora estamos chegando lá.”.

Nós não desistimos e  fundamos aqui em Jacarepágua a Aldeia Tamoio e continuamos conversando com o governo, com movimento social apoiando a gente, o Quilombo do Sacopã, todo mundo. Fomos na Secretaria de Cultura, no IPHAN, na defensoria pública, só não falamos com o Papa, não paramos, nunca perdemos nossa esperança. Quando vimos toda estas demontrações nas ruas nasceu de novo  nossas esperanças.”

Carlso Tukano finaliza: ” Neste momento estamos em negociações avançadas como os setores do governo. ´Claro que o movimento nas ruas, ajudou bastante. Não estamos mais sózinhos. Vamos preparar nosso cachimbo, quando tivermos o papel assinado na mão e depois de muita conversa com nossos irmãos que estavam lá na Aldeia Maracanã. Quando a gente ver as obras começarem, aí sim vamos acender nosso cachimbo da paz. Como vocês “carioca”  falam, ainda não vamos acender agora. Vamos esperar.”

aldeia maracanã -cultura

NOTA OFICIAL DA ALDEIA MARACANÃ( faCEBOOK)

ANTIGO MUSEU DO ÍNDIO VOLTA AOS INDÍGENAS QUE LÁ ESTAVAM

VEJA NA ÍNTEGRA O COMUNICADO OFICIAL DA SECRETARIA DE CULTURA

Nesta terça-feira, dia 30 de julho, estiveram reunidos líderes indígenas, membros da Fundação Darcy Ribeiro, representantes da sociedade civil e a equipe da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro para avançar na discussão sobre o projeto de implantação de um Centro Estadual de Estudos e Difusão da Cultura Indígena.

Na reunião, ficou definido que, por parte do Governo do Rio de Janeiro, o órgão responsável pelo projeto seria a Secretaria de Cultura.

Adriana Rattes, Secretária de Cultura, propôs que o Centro seja criado como uma Instituição Pública Estadual, e que de sua estrutura futura faça parte um Conselho permanente formado por representantes do movimento Instituto Tamoyo/Aldeia Maracanã, assim como índios de outras etnias que se interessarem em participar e entidades e pessoas da sociedade civil ligadas à causa indígena.

A secretária acenou ainda com a disposição do governo em considerar a instalação deste Centro no prédio do antigo Museu do Índio, no Maracanã, como era o desejo do movimento. As moradias para os indígenas continuarão a ser planejadas para Jacarepaguá ou para algum outro local que seja encontrado de comum acordo entre o governo e o grupo.

A Secretária solicitou, ainda, que os presentes – representantes de diversas etnias, como Afonso Apurinã, CarlosTukano, Garapirá Pataxó, Marize Guarani, Iracema Pankararu – mobilizassem lideranças de outras etnias para participar das próximas reuniões e contribuir para uma construção coletiva dos fundamentos do projeto.

Os objetivos principais do Centro serão os de promover, preservar e difundir, a história, os valores, os conhecimentos e todos os aspectos culturais dos indígenas brasileiros, com foco especial nos grupos que vivem ou viveram nas diversas regiões do Estado do Rio de Janeiro. O Centro será ainda um ponto de formação, referência e apoio para os índios contemporâneos, diante dos desafios e das transformações culturais por que passam as diversas etnias em suas vivências nas aldeias e também no espaço urbano.

A Secretária convidou todos os presentes (e pediu que convidassem as demais lideranças indígenas) para uma reunião na próxima terça, dia 6 de agosto, a fim de se avançar com as decisões que deverão embasar a elaboração do projeto, tais como nome, estrutura, cronograma e modelo de gestão do futuro Centro Estadual de Estudos e Promoção da Cultura Indígena.

Comissão da Verdade, Relatório Figueiredo, Indígenas, Aldeia Maracanã:as semelhanças


por marcos romão

Líder quilombol visita indigenas da Aldeia Maracanã no exílio em Jacarepaguá.

Líder quilombola visita indigenas da Aldeia Maracanã no exílio em Jacarepaguá.

Desde a a visita que fiz, com meu amigo e líder quilombola, Luiz Sacopã, aos nossos amigos Carlos Tukano, Dauá Puri e indígenas de vária tribos, alojados no antigo “Leprosário de Curupaiti“em Jacarepaguá, depois de terem sido removidos sob enorme pressão estatal, psicológica e policial, fiquei com o coração apertado ao lembrar-me de uma frase proferida por uma trabalhadora social do Governo do Estado do Rio, quando em um encontro casual, comentei sobre a necessidade de se escutar os povos indígenas, que haviam retomado o antigo Museu do ìndio e batizado o local como a Aldeia, com o nome do pássaro que dera nome ao bairro e ao estádio Maracanã: “São todos mendigos, é caso para a Assistência Social”.

Aquelas palavra jogadas ao vento, martelam minha cabeça desde aquele momento, pois ao visitar os indígenas  alojados naquela colônia isolada de tudo, a viverem da cesta básica mínima, com arroz, feijão e óleo, sem meios de locomoção para o centro da cidade e afastados da sociedade que procuraram, para terem um ponto de referência, que servisse de embaixada de seus clamores para o mundo, vi que o vaticínio daquela funcionária pública, havia sido cumprido à risca pelas autoridades governamentais do Rio de Janeiro. “Não existe problema étnico, nem discriminação a um povo, pois eles são marginais da sociedade, estão em mendicância”, poderíamos resumir o pensamento e a razão de estado.

Um jovem talentoso, campeão da Copa Indígena, neto do Grande Cacique Raoni, eu encontrara uma semana antes na porta do “Albergue Semi-Prisão”, para onde outro grupo de indígenas despejados da Aldeia Maracanã, haviam sido levados. Ele, que um mês ante me havia contado, que viera ao Rio e, encontrara um lugar na Aldeia de seus irmãos, para de lá procurar contatos com clubes de futebol no Rio, estava desolado, com os olhos ainda vermelhos provocados pelo  Spray-de-Pimenta aspejado generosamente pela polícia da cidade, que antes lhe parecia a Meca Maravilhosa.

na esquerda da foto um neto do Cacique Raoni, ao seu lado Namara Gurupy, mulher indígena advogada

na esquerda da foto um neto do Cacique Raoni, ao seu lado Namara Gurupy, mulher indígena advogada

Todos viraram deserdados, sem terra e sem teto. Mais uma vez cumpria-se o vaticínio da pitonisa funcionária estatal. São mendigos. Homens e mulheres trabalhadores e lutadores pela execução de seus sonhos, são pedintes aos olhos dos funcionários e de seus mandantes. Impecilhos ao progresso, que precisam ser removidos.

O governo do estado comprara do governo federal a Aldeia Maracanã/Museu do Índio, pela bagatela de 60 milhões de Dinheiros, em prestações à perder de vista, para depois de reformado, repassar para a inciativa privada, que irá instalar um “ressort”, para a lembrança do futebol milionário da COB e servir de espaço para velhos jogadores tomarem seu “uisquinho”, receberem homenagens e coçarem o saco enquanto contam piadas de ìndios. Mané Garrincha deve estar se remexendo na tumba com tanto escárnio com seu povo.

A tática me lembra os duros anos da ditadura militar. Primeiro se desmoraliza, se assassina moral e culturalmente, depois passa-se o rodo e joga-se na cova coletiva do esquecimento.

Primeiro, se afirma não existir. Me lembro na minha adolescência a chamada para ocupar a Amazônia, Terra de Ninguém. Os chamados do “Projeto Rondon”, para cuidar dos “Quase Ninguém” que por lá perambulavam na idade da pedra. “Vamos Civilizar os Silvícolas” era o lema.

Injetaram em nosso imaginario coletivo de brasileiro, a visão da existência na Amazônia, de um grande deserto verde, desabitado e com tribos indígenas esparsas, além de populações ribeirinhas que precisavam serem resgatadas para a a civilização.

Segundo, se elimina o que não existe.

Como na Alemanha de 1933, começaram com os judeus que eram”carteiros”. Foram proibidos de exercerem a profissão e perderam a cidadania. Seguiram-se outras profissões, médicos, comerciantes, condutores de bondes, professores e por aí a fora. Todos foram tornados “inexistentes” para a sociedade Alemã. Porisso existe até hoje gente que não acredita que os judeus foram eliminados na quantidade que dizem, pois eles formalmente, não existiam mais para a sociedade.

Aldeia Maracanã fechada

Aldeia Maracanã fechada

Você não é mais Índio”, é a primeira frase que meus amigos índios contam ouvir quando vão fazer uma reivindicação a um setor estatal. “Você, índio, precisa morrer para existir”, poderia ser a tradução lapidar deste pensamento arraigado na sociedade brasileira.

A Comissão da Verdade acaba de descobrir no “novo” Museu do ìndio, no Flamengo, o “Relatório Figueiredo” desaparecido desde 1968 e encontrado em meio à 50 caixas amontoados nos depósitos do museu. Meu Deus do Céu, Meus Orixás, que milagre este acontecimento!

“O contexto desenvolvimentista da época e o ímpeto por um Brasil moderno encontravam entraves nas aldeias. O documento relata que índios eram tratados como animais e sem a menor compaixão. “É espantoso que existe na estrutura administrativa do país repartição que haja descido a tão baixos padrões de decência. E que haja funcionários públicos cuja bestialidade tenha atingido tais requintes de perversidade. Venderam-se crianças indefesas para servir aos instintos de indivíduos desumanos. Torturas contra crianças e adultos em monstruosos e lentos suplícios”, lamentava Figueiredo. Em outro trecho contundente, o relatório cita chacinas no Maranhão, em que “fazendeiros liquidaram toda uma nação”. Uma CPI chegou a ser instaurada em 1968, mas o país jamais julgou os algozes que ceifaram tribos inteiras e culturas milenares.”(fonte-Jornal Estado de Minas).

Este documento deve ter quase apodrecido no Antigo Museu do Índio. Não são as paredes que contam, são as gentes vivas que de lá foram brutalmente removidas é que contam as atrocidades por que passaram. Estas gentes é que as COBs e os governos dos brancos querem eliminar de suas memórias.

Cada pessoa despejada da Aldeia Maracanã pode contar a história de alguma atrocidade pela qual ela mesma e seu povo passou. Não fram atrocidades cometidasi nos tempos de outrora não, foram barbaridades acontecidas agorinha mesmo diante de nossos olhos.

O que vimos, o que o mundo viu, a forma com que os representantes dos povos indígenas foram maltratados pelo Estado do Rio de Janeiro, para e atender à cobiça privada, foi apenas um exemplo exposto pela mídia, do que aconteceu e acontece em silêncio nos desertos verdes em que vivem as gentes indígenas de nosso Brasil.

Que este governo o faça, se não fizer que o próximo o faça, ou o próximo depois do próximo:

Um dia será feito. A  Aldeia Maracanã será entregue aos povos Indígenas.

Agora eles têm o testemunho de um branco Procurador da Justiça.  “O Estado de Minas”  escreve: Jader de Figueiredo Correia ressuscita incontáveis fantasmas e pode se tornar agora um trunfo para a Comissão da Verdade, que apura violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988.

A Comissão da Verdade tem um trunfo. Os Povos Indígenas têm de volta o início de sua memória! A memória das Aldeias Maracanãs por todo o Brasil!.

O Deus que você acredita não pode matar o Deus que você não acredita


por marcos romão

Aldeia Maracanã fechada

Aldeia Maracanã fechada

Na ABI-Rio a Sociedade Civil do Estado do Rio de Janeiro encontrou-se para manifestar sua indignação e protestar, contra os arautos do fundamentalismo, o racismo, do sexismo e da homofobia, que deram um golpe nos poderes constituídos do Brasil.
Representantes de todas as religiões e partidos políticos juntaram-se à sociedade civil organizada que através das redes sociais no Brasil e no mundo, manifestaram nas últimas semanas, seu repúdio à tomada do poder da Comissão de Direitos Humanos e de Minorias do Parlamento Brasileiro, feita pela bancada fundamentalista do “Partido Social Cristão”, que indicou para sua presidência o deputado federal Marcos Feliciano, notório fundamentalista, racista, homofóbico, sexista e, contra os princípios da Constituição Brasileira.
Foi um momento de retomada da dignidade do povo brasileiro, que saiu em defesa de nossa Constituição Brasileira ameaçada.
Foi um verdadeiro ato litúrgico em que crédulos e ateus se deram as mãos para barrarem o ovo da serpente nazista e totalitária que penetra a sociedade brasileira.
A Aldeia Maracanã falou. Falou em nome de todos os ameaçados, pois não são só nossas mentes que os fundamentalistas querem possuir, mas principalmente, as nossas terras indígenas e quilombolas.
Ao tomar com suas tropas de assalto a Comissão de Direitos Humanos, o PSC, atinge o cerne da democracia brasileira. Inverte os princípios da defesa dos direitos fundamentais dos seres humanos, pois coloca na mão dos algozes o poder de decidir sobre os direitos das vítimas destes mesmos verdugos.

Líder Guajajara na Justiça Federal: “Nós não temos garantia nenhuma no papel, que prove que vocês tambem não estão mentindo”.


Entre outras palavra o professor Uratau Guajajara, declarou no auditório da Justiça Federal, hoje domingo, 24 de março, que já mentiram para ele cinco vezes. Eele não pode saber se o juiz federal não estará mentindo também.

“A pauta única dos  Povos Indígenas é a reitegração de posse, do Patrimônio Imemorial dos Povos Indígenas Brasileiros, que é o Museu do Índio/Aldeia Maracanã”, declarou emocionado o Professor, Uratau Guajajara.

Carlos Latuff , um jornalista sempre presente ao lado do povo, filmou!

“Canta, canta Uratau

a las orijas del Yatay,

Los mataran los gambas”

no pudiendo los vencer”

Refrão do Cancioneiro indígenas paraguaio. (escutei pessoalmente no Paraguai em 1973)

Lembra as morte de Solano Lopez atravessado  por uma lança de um brasileiro negro. Até hoje apelidados de “gambás” pelos índios paraguaios, pois conta a lenda que os soldados negros brasileiros, ao lutarem na Guerra do Paraguai em troca de libertação da escravidão, recebiam antes de cada batalha uma dose de cachaça misturada com pólvora, para enfrentarem os indígenas do exército paraguaio. Resultado desta guerra teleguiada pelos povos brancos europeus e latinoamericanos: 2,5 milhões de homens indígenas mortos do lado paragauio e, um milhão de homens negros mortos do lado brasileiro.

Na Aldeia Maracanã, todos puderam ver as ver as cenas, a maioria dos soldados também eram negros. Assistir tudo aquilo feriu duas de minhas almas, a india e a negra. Marcos Romão

Refugiados da Aldeia Maracanã em Curupaiti convidam: Podem nos visitar. Entrem sem bater.


por Marcos Romão (descendente direto do Cariris Chocós)

Dauá Puri, acaba de me ligar de Curupaiti, onde estão alojados 12 indígenas até agora.

rondon

Expedição Rodon-Roosevelt

Ao contrário do que a imprensa diz, os povos indígenas que lá estavam, não “racharam”. Houve sim uma preocupação dos mais velhos pelas vidas das pessoas. Preocupação se se revelou sensata naquele momento, pois a ferocidade, a violência e a brutalidade com que as pessoas indígenas que lá permaneceram pacificamente até o fim, foram despejadas,  foi de um tamanho tão monstruoso, que nem as mais pessimistas das previsões, poderia esperar.

Os povos Indígenas da aldeia Maracanã/Museu do ìndio  não esmoreceram e, precisam de uns momentos de paz e descanso para retomarem a luta judicial.

Existe um esbulho dos direitos indígenas que mais cedo ou mais tarde encontrará justiça.

No momento o que todos precisamos, é prestar toda nossa solidariedade aos indígenas onde quer que eles estejam. Eles precisam da sociedade civil brasileira, para pressionar o Ministério Público, a Funai, a Presidência da República, a OEA e a ONU, para que  consigamos todos, reverter este esbulho possessório que aconteceu, para atender a interesses escusos, que nós só podemos suspeitar.

Os representantes dos povos indígenas  que estão na área do antigo Hospital de “Leprosos”,doença chada de lepra e que hoje  se chama “Mal de Hansen” , em Curupaiti, segundo Dauá Puri, estão sendo bem tratados, e tem uma Patamo da polícia os protegendo, pelo menos até agora.

Coincidências da vida indígena nas Américas, Curupaiti tem o mesmo nome do local em que as forças da Triplice Aliança, sofreram a sua maior derrota contra o povo Indígena do Paraguai em 22 de setembro de 1886, na famosa Batalha de Curupaiti,

Condução para irem ao centro da cidade, eles não têm. Juntos com alguns amigos Cariris Chocós, que vivem no Rio de Janeiro e são da área de medicina, eles têm planos de montarem  uma OCA de Saúde, para cuidarem das pessoas que lá estão, principalmente as que sofreram distúrbios psicológicos provocados pela noite de terror que viveram em 21 de Março.Noite em que receberam até jatos de pimenta, lançados à sotaina pelos fundos do Museu do Índio, onde estavam sitiados.

O pânico de todos eles, que já sofreram , muitos ataques de fazendeiros nos confins do Brasil, aflorou de novo, justamente no lugar onde foram buscar proteção no coração do Rio de janeiro.  A casa do Marechal Rodon, cujo lema em seu trato com os povos Indígenas era “Morrer se preciso for, matar nunca”.

(Em setembro de 1913, Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios Nhambiquaras.

Sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou aos seus comandados, porém, que não reagissem e batessem em retirada, demonstrando seu princípio de penetrar no sertão somente com a paz.)fonte wikipédia.

O endereço onde eles estão é RUA GODOFREDO VIANA 64, no centro da Taquara. Eles aguardam visitas carinhosas e informam que qualquer um pode chegar, e a todos que chegarem e  verem   suas “OCAS” sem portas, podem entrar e não precisam bater.

Agora nosso arco e flexa é a caneta e o papel


Por Marcos Romão

SAMSUNG

Indiara Kaiapó e Dauá Puri

Em uma visita à Aldeia Maracanã, ao lado do Estádio do Maracanã, deparei-me com um quadro que nada combinava com os relatos sensacionalistas que lera,  ouvira e vira  em programas de televisão e jornais.

Em um ambiente que mais parecia uma casa de chá inglesa, não fosse o cheirinho de café que vinha do fogão à lenha improvisado, não havia nenhuma Winchester à vista, nem algum índios preparando a faca para escalpelar o primeiro turista desavisado que aparecesse.

Fiquei com a impressão que alguns jornalistas, “viajeiros” que por lá passarram assim como autoridades que nunca lá botaram os pés, estavam mais que acostumados com cenas de faroeste do cinema, eles não teem a menor idéia, de quem são os representantes dos Povos indígenas que lá estão e que buscam retomar os que sempre lhes pertenceu.

Como diria a minha sobrinha, “o pessoal tá mesmo por fora, não sabem que  as culturas indígenas também entraram na globalização digital, e que toque de tambor agora é via Smartfone.”

Depois de tomar um cafezinho com “garapa zero” e fumar um cachimbinho de paz, oferecido pelo professor  Dauá Puri, e ter uma pequena prosa com Indiara Kaiapó, que é a cara de minha falecida avó Kariri,  escutei o seguinte depoimento do Cacique e governador Ad Hoc da Aldeia Maracanã, Carlos Tukano, sobre ocomportamento de uma certa mídia e autoridades, que acham que o índio é selvagem, e agressivo e que estariam na idade da pedra.

A transcrição ipsis literis do depoimento de Carlos Tucano”

“O que a mídia coloca é deturpada, denigre a imagem do índio associando a este tipo de brutalidade, como eles colocam, esta selvageria, que o índio é selvagem.

Carlos Tukano

Carlos Tukano

Nós não estamos aqui para reagir com arco flexa, zarabatana, burduna, lanças…nada disso.Nós estamos aqui para resistir com sabedoria, com firmeza.Se a polícia vai vir? Vai vir sim, como ele mandou(o governador do estado). Mas isto não quer dizer, que nós vamos atacar com arcos e flexas.

Nós não vamos confrontar bala com arco e flexa, ela é muito mais rápida.
Nós estamos num mundo tecnológico.
Se houve esta afirmação de algum companheiro, deve ter sido porque ele deve desconhecer
a realidade das grandes cidades.
Nós que estamos aqui.  Alguns companheiros que já estão aqui e circulam pela cidade, já conhecem esta realidade. Como é a truculência da cidade, da polícia.
Da polícia. Da justiça. Eles não querem cumprir a lei, então eles fazem…
As próprias pessoas que não nos entendem, podem dizer que nós vamos atacar só porque a gente pinta o rosto.
Esta é uma cultura milenar, quem quiser pintar pinta. Se eu quiser me pintar eu me pinto, isto não quer dizer que eu vou prá guerra.
É minha cultura, aqui na cidade o pessoal não se enfeita pra ir pro carnaval, prá ir pras festas, porque que o índio não pode então se pintar? É a cultura dele.
Isto não quer dizer que ele vai avançar com arco e flexa, que ele vá, bater, atirar a flexa, não!
Simplesmente o arco e flexa é como uma identidade que dá significado ao indígena, como um cocar, isto é a identidade do indígena, é uma cultura dele, diferenciada, distinta,entendeu?
Portanto é uma coisa que a gente tem que olhar diferente. Isto é uma coisa distinta, é uma cultura que não foi copiada.
É uma cultura distinta, a coisa agora é com a caneta, entendeu?
Como é que eu vou enfrentar uma arma automática de um polícia? Não tem como!
É uma resistência que a gente está fazendo mas é uma resistência pacífica.
Uma hora ele(o governador) vai ter que ouvir.
Uma hora vai ter que chegar…entendeu?
Nós não estamos na era de estar atacando com este tipo rústico, da idade da pedra como eles chamam.
Eu estou aqui sentado(Carlos Tukano mostra o lacal e sua mesa para o jornalista)
Estou lendo jornal. Aprendi a ler.
Hoje eu estou usando isto aqui ( pega em um Smartphone)
Eu não preciso mais mandar sinal de fumaça. Fazer Tum-Tum Tam-Tam-Tam…Não!
Hoje eu uso isto aqui( levantando o celular de última geração)
isto aqui se chama registro.
Uma coisa que a gente nunca utilizou, e documentar isto em papel( mostra ao repórter um jornal.)
Nossa cultura sempre foi via oral, entendeu?
A nossa história, a nossa ciência, as nossas regras que aqui eles chamam de leis…
Na floresta o índio não tem presidente da república.
Ele tem seus representantes que chamam de caciques.
Não temos médicos, mas temos nossos pagés.
Nós não temos nossos mestres de escolas de samba e escolas de sei mais o que, maestros…de orquestras, mas nós Tukanos, particularmente temos os nosso “Bhaiás”.
Bhaiá é um mestre, conhecedor.
Todas as pessoas que recebem e passam informações, tem que saber também, quem são os índios.
Qual é o valor cultural, a responsabilidade que cada um carrega.
É o que estamos mostrando daqui da Aldeia Maracanã. Para quem nos visita, para quem recebe de nós informações.
Então essa é a realidade, esse é o caminho, essa é a nossa trilha.” Carlos Tukano

Maracanã: Escola não se destrói!


por marcos romão
Mamapress recebeu esta mensagem do grupo “Amigos do Rio”, inciativa que recebe apoio de gente de todos os lugares, pois o Rio de Janeiro faz parte do imaginário coletivo do mundo inteiro.
Junto com a “Aldeia Maracanã”, a Escola Municipal Friedenreich está ameçada de destruição. Também por conta da privatização iminente do Maracanã, estão nos planos governamentais as demolições do Parque Aquático Julio Delamare e do Estádio de Atletismo Célio de Barros que se encontram dentro da área do maior estádio do mundo.
Hoje às 18:00 horas, horário do Rio, haverá uma audiência pública no Galpão da Cidadania em frente ao Cais do Valongo. Já a partir das 16:30 horas estarão se organizando para um protesto no centro do Rio inúmeras organizações que lutam pelos direitos de todos à Cidade.
A Rádio Mamaterra e a RádioTV QuiGeral, dos Quilombo do Sacopã estarão presentes em mais esta luta pelos Direitos de Todos à Cidade!
Abaixo a carta recebida dos Amigos do Rio
Amigo do Rio,
Esta semana, recebemos um pedido muito especial, que fazemos questão de enviar para todos vocês:
“Meu nome é Beatriz Ehlers, tenho onze anos, e quando crescer eu quero ser arquiteta. Eu estudo na Escola Municipal Friedenreich, que é a quarta melhor escola do Rio. Mas o Governo quer demolir ela e construir uma quadra para o Maracanã. Eu amo a minha escola e todos os alunos, professores e pais também amam ela! Foi aqui que eu aprendi a ler, escrever, usar computador, filmar e editar vídeos e principalmente a respeitar as outras pessoas. Nossa escola é diferente, é um exemplo! Nós pedimos a todos os cariocas e todas as escolas do Rio que assinem a carta de apoio e nos ajudem a impedir que a nossa escola seja demolida. Meus pais, eu e outros alunos vamos entregar essa carta para o governo do Rio durante uma audiência no dia 08 de Novembro:
Conversando com os pais da Bia, descobrimos que ela é uma das melhores alunas da Escola Municipal Friedenreich. Infelizmente o Governo planeja botar a escola da Bia abaixo, interrompendo um projeto pedagógico que vem sendo aprimorado há mais de 20 anos, e erguer uma quadra antes de entregar o complexo Maracanã para ser administrado pela iniciativa privada.
Felizmente, ainda dá tempo de alterar o edital de concessão do Maracanã e evitar que a escola seja demolida. Para isso, precisamos convencer o Secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, a fazer as mudanças. Não será tarefa fácil, mas com organização e participação de milhares de cariocas, vamos conseguir: a nosso favor, temos o fato da Secretária Municipal de Educação já ter declarado publicamente que é completamente contra a demolição da escola. Além disso, muitos se opõem ao bota-abaixo porque a escola foi recentemente reformada, a um custo de mais de 270 mil reais.
Fichtner estará presente em uma audiência pública no dia 8 de novembro, justamente para discutir a política de concessão do Maracanã. Os alunos, pais e professores da Escola Municipal Friedenreich estarão presentes. Eles estão muito unidos, mas ainda estão desamparados e precisam de toda a ajuda dos cariocas. Não vamos deixar que eles entrem nessa audiência pública sozinhos! Pra juntar a sua voz à deles, assine a carta de apoio através do link abaixo:
Por um Rio de Janeiro cada vez mais lindo (e bem-educado),
Beatriz, João, Dani, Rafael, Alessandra e toda a equipe do Meu Rio
p.s: antes de conhecermos a Bia, a história da escola já havia sido enviada pra nossa equipe por uma mãe de aluno, Márcia Fernandes. Ela nos contou que justificativas diferentes já foram dadas para a demolição: primeiro, era para construir um estacionamento, agora é para as quadras. Márcia já resiste à demolição há dois anos, e não vai parar agora. Junte-se a ela aqui: http://meurio.org.br/assine_embaixo/escola-nao-se-destroi