Por Fernando Dias***
Fernando Dias
Nunca se discutiu tanto o momento pólítico que nosso País atravessa, é claro que tudo começou quando a crise economica e suas variáveis eclodiam de maneira a atingir todas as classes sociais e como sempre, a juventude, o segmento mais avançado da sociedade, foi prá rua em junho de 2013, numa demonstração sobeja da sua insatisfação com o País, com as politicas públicas e os políticos profissionais sem distinção de Partidos ou até mesmo de ideologias.
Este movimento espontâneo, sem lideranças e difuso, foi empolgado por anarquistas de todo jaez e como tal se tornou efemero.
Logo em seguida as forças partidárias começaram a se recompor e nada mudou, ao contrário, os donos do Poder e seus representantes foram para a liça eleitoral, em 2014, sem atentar para o movimento de junho de 2013, com as mesmas práticas e o mais grave, mentindo para o Povo e mantiveram o Poder.
Mas como à crise economica se somou outras crises, em especial a ética, a classe média foi prá rua e pediu a cabeça de quem assumiu mais uma vez o Poder.
No entanto, como na linha sucessória da Presîdência todos estão comprometidos éticamente, o movimento de impedimento da Presidente refluiu e a Governança do País entrou num impasse, ao ponto do Partido da própria Presidente se posicionar contra a mesma.
Como o País continua a deriva e o lider maior do PT envolvido em transações tenebrosas, parte para o ataque as instituições, ao ponto de se descontrolar feito um moleque, recrudesce o movimento pelo impedimento da Presidente, às vesperas das eleições municipais, creio, portanto, se as ruas de novo se movimentarem em peso pelo impedimento de um Governo em crise, seria de bom alvitre que num gesto de grandeza S. Exa a presidenta, renunciasse para o bem do País e do seu próprio Partido, senão os dois acabam juntos.
Fernando Dias é Advogado e foi presidente da Comissão da Verdade de Niterói
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