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Arquivo da tag: omissos

fevereiro 15, 2014 por mamapress - 0 Comentários

Rompendo o silêncio: Prá não dizerem que não falamos de ditadura nem de Black Blocks.


#NÃOÀVIOLÊNCIA
game over e sininhoEstá tudo muito rápido. Informações e contra-informações pululam nas redes.
Jornalistas, sociólogos, intelectuais e pensadores escrevem as teorias mais estapafúrdias sobre o que se passa no Rio de Janeiro. A maioria dos textos está sendo escrita sem o mínimo de pesquisa e expressam mais o pânico e medo do que não conhecem, até porque nunca foram nas ruas, nem nas delegacias e tribunais conversar com ninguém, nem entre os manifestantes nem com a polícia.
Recebemos todos os dias textos apocalípticos criando mártires ou textos aterrorizantes criminalizando e encurralando no radicalismo jovens que já denunciam há seis meses no mínimo a participação de milicianos e agora mercenários nas manifestações.
Durante 8 meses a grande imprensa e os pensadores que emitem suas opiniões, se mantiveram calados diante da hidra repressiva que se instalava no Estado do Rio de Janeiro. Nada era investigado. Contato com os manifestantes e a população não existia.
Com a ocupação da Câmara de Vereadores, a garotada aprendeu em uma semana como funciona uma máquina de repressão que a minha geração conviveu no mínimo durante 21 anos.
Cada vez que eu ia a uma destas manifestações, pensava comigo, esta garotada está num conto de fadas, não sabe que esses senhores em volta da câmara e da assembléia são velhos esbirros da repressão, loucos para passarem seus conhecimentos de porão para os novos samangos.
Vi a garotada dar a cara à tapa para monstros que elas desconheciam ou deveriam imaginar que era jogo de computador.
Aprenderam rápido, mas ficaram praticamente isolados todo este tempo. Isolamento é mal conselheiro pois faz perder o senso de realidade e as pessoas passam a adotar uma atitude quase de seita, e sejam de esquerda ou direita, passam a falar como líderes religiosos. A realidade vai paras as cucuias e passam a se sentirem como mártires, como muitos de minha geração vivenciaram e puderam acompanhar sem poder mais interferir, para salvar amigos que estavam sendo perseguidos pois eles não queriam escutar mais ninguém.
8 meses de omissão dos intelectuais do Brasil. 8 meses de silêncio e agora esta saraivada de textos hecatômbicos que na linha da Globo, reduzem todas as reivindicações que fizemos em junho à um Play Game entre Fadas e a imprensa a que deram o jocoso apelido de “Corporativa”.
Foi preciso a ignorância de quem não viveu sob a ditadura, para esta garotada enfrentar este sistema de repressão que se perpetua, se transforma e sobrevive desde o fim da ditadura, se armando e aumentando cada vez mais a repressão contra negros e pobres das periferias.
Foi preciso um bando de branquinhos bem nascidos completamente ignorantes sobre como funcionou a máquina assassina da ditadura, sair de seus jogos de computadores e irem para as ruas para darem “murros em pontas de facas”, que nossa geração debaixo de porrada aprendeu a não mais fazer.
Anestesiada e omissa, minha geração deixou estes moleques, no bom sentido, sozinhos nas ruas.
A maioria deles procurou através de denúncias o diálogo com a sociedade civil, mas meus velhos camaradas assustaram-se com estes “radicais”, radicais como nós fomos e assustamos muita gente.
Hoje assistimos um massacre de todo um grupo de pessoas acuadas.
Está na hora de pararmos para refletir, para reencontrarmos caminhos para o diálogo em nossa sociedade.
Ninguém das periferias gosta ou defende a violência pois vive e é vítima da violência o tempo todo.
Os intelectuais brasileiros precisam dar uma parada de serem europeus e se não quiserem ir nas ruas ver o que se passa, pesquisem os vídeos de 2011 à 2013 sobre a violência contra manifestações populares nas periferias do Brasil. Ou vão acabar como um Toni Negri, excelente pensador que circula pelo mundo, mas nunca o vi em nenhuma manifestação na Europa em defesa dos estrangeiros e dos ciganos perseguidos e mortos por mobs assassinos.
Especialista em violência minha gente é quem a sofre diretamente. Quem a defende em nome da vítima, quer é fazer da vítima bucha de canhão.
A quem está se especializando em teorias do “Fantástico” e “Contos de Fadas”, recomendo ver este vídeo postado em agosto de 2013. Recomendo que os dois protagonistas também o revejam.
Neste vídeo se revela a ponta do Iceberg do que hoje se passa.
#NÃOÀVIOLÊNCIA

Agradecemos à Mídia Independente Coletiva pelo acervo

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